20 de abril de 2008

A clonagem humana ao virar da esquina?

A clonagem terapêutica tem levantado questões éticas e suscitado críticas da sociedade civil e das autoridades política e religiosas. Consiste em clonar um embrião humano nos seus primeiros estádios para ali colher células estaminais embrionárias (CEE), consideradas o Graal da medicina do futuro.
Só que exige a destruição do embrião. Por isso, quando, em 2007, várias equipas confirmaram o trabalho de uma equipa japonesa, demonstrando um método de geração de CEE sem embriões, até o presidente Bush e o Vaticano louvaram o avanço. Mas num artigo ontem publicado pelo diário britânico The Independent, Robert Lanza, da empresa Advanced Cell Technologies e o pioneiro da investigação na área, afirma que essa técnica poderá ter tornado mais fácil a clonagem de seres humanos.
As CEE humanas dão origem a todos os tecidos do corpo. E, quando for possível cultivá-las, deverão permitir personalizar a medicina como nunca. Partindo das células de um doente com Parkinson ou Alzheimer, será possível produzir linhagens de CEE e a seguir transformá-las em neurónios para esses doentes. Daí os esforços que têm sido feitos para obter CEE humanas sem recorrer embriões. E sabe-se hoje que é possível, simplesmente, “reprogramar”, geneticamente uma célula adulta – da pele, por exemplo – para que ela “regresse ao passado” e torne ser uma célula primordial. A possibilidade de criar estas “células estaminais pluripotentes induzidas” – ou células iPS – foi demonstrada no ratinho e, mais recentemente, no ser humano.
(…)

In PÚBLICO

Apesar de as CEE constituírem o Graal da medicina do futuro, a sua investigação ou aplicação levanta imensas questões de ordem ética, moral ou social que não podem ser ignoradas. Mas, será legítimo que esta busca por um potencial bem comum prevaleça e se sobreponha à consciência ética de cada um?

8 comentários:

pequena rota disse...

Mas o que são células estaminais?

Uma célula estaminal é uma célula mestra que tem a capacidade de se transformar noutros tipos de células, como por exemplo: as do coração, dos ossos, da pele, do cérebro, etc.
Para que a medicina evolua, é necessário muitas das vezes recorrer a métodos que nem sempre são do consenso geral, como é o caso das células estaminais e da polémica que gira em redor deste assunto.
Embora o uso de células estaminais embrionárias ajude na cura para algumas doenças, acaba por matar o embrião.
Hoje em dia existem métodos moralmente aceitáveis, como o uso da placenta, do cordão umbilical ou mesmo da medula óssea sem que para isso seja necessária a morte do embrião.
Na nossa opinião, este é o melhor método a seguir, visto não prejudicar o dador e talvez ajudar o próximo.

Carla Lourenço e Paula Lima

Unknown disse...

A ciência é um estudo em constante evolução. Para podermos conhecer mais a respeito do ser humano e tudo o que nos rodeia é necessário investigações, pesquisas e testes.
O que seria daquelas pessoas que nacessitam de transplantes da medula óssea, de fígado de coração, etc? Se não existissem esses testes, teriamos chegado até aqui? Seria possível hoje dia fazer um transplante com sucesso?
É complicado opinar a respeito de algo, quando não se tem conhecimento de todos os factos, mas hoje e sempre, a ética, a moral e a ciência vão cruzar-se no caminho da descoberta, as opiniões vão sempre estar divididas e existirá sempre controvérsia.
Quanto à clonagem, sou totalmente contra. Não vejo a necessidade de clonarmos um ser humano e na minha opinião vai em todos os aspectos contra a natureza, é fazer-se passar por "Deus"!
Em relação às células estaminais, julgo ser necessário e inevitável, mesmo que essa prática incomode as mentes de alguns. É uma prática que pode devolver a vida, como nós a conhecemos, a muitas pessoas que foram privadas dessa alegria e que sofrem todos os dias com as consequências de algo que elas não controlam nem pediram para acontecer.
É a ciência a avançar, é o querer saber mais... Esperemos, para o bem de todos nós, que as ambições dominadas pelo dinheiro, não nos desviem do objectivo comum para a satisfação de interesses pessoais.

Ana Paula Sanches

Unknown disse...

No nosso ponto de vista deverá prevalecer a cura e bem-estar do ser humano em doenças terminais, as quais com o avanço científico consegue restituir novas células saudáveis……
A importância deste método científico que consiste na preparação das células estaminais embrionárias de um ser humano, estas constituem apenas o ponto de partida para a preparação das células diferenciadas, ou seja células com características próprias dos destinos dos tecidos, ex.: pele, músculos nervos, etc..
A luta pela vida humana é todos os dias o combate dos valores e das convicções de cada um de nós, existindo neste caso imensos aspectos morais e científicos em causa, o que deverá prevalecer?
Ou será que, a cura de doenças como a Alzheimer, Cancro, entre outras, sabendo-se que hoje em dia com o avanço da ciência a sua cura poderá ser possível com a ajuda das células estaminais, devemos pôr em causa os aspectos morais?
Helena Botelho e Cidália Leite

Domingos Sousa disse...

Antes de abordar a questão das células estaminais embrionárias (CEE)e a clonagem, deveremos debruçar-nos sobre os conceitos de ética e moral.Na nossa opinião os conceitos éticos sustentam-se numa base universal, ou seja, são globalmente aceites em qualquer parte. Quanto aos conceitos morais, estes, e dada a sua origem através palavra "Mores" (costumes), indicam valores pré-estabelecidos por um determinado povo e ou religião. Posto isto, a ciência não se poderá compadecer com valores morais, mas antes com valores universalmente aceites, ou seja éticos. Não poderão existir preconceitos quanto à sua capacidade de desenvolvimento, desde que esta esteja de uma forma despretenciosa ao serviço da melhoria da qualidade de vida, neste caso concreto do ser humano.
No entanto, julgo ser necessário existirem regras e protocolos universalmente aceites, para que de uma forma exaustiva se possa observar as dinâmicas da evolução da ciência com o intuíto de esta não ultrapassar o que está previamente estabelecido formalmente. Clonar seres humanos parece-me ser "aberrante". Imagine-se criar um exército de seres humanos vocacionados apenas para combater....
Rectificar certas anomalias existentes nas pessoas com vista à melhoria da sua qualidade de vida, trata-se de um gesto altruísta...

Teresa Branco
Domingos Sousa

Anônimo disse...

Na nossa opinião o uso das Células Estaminais para fins cientificos só trás beneficios futuros no campo da medicina. Com essas células que no fundo serão para excluir, poderão ao estudá-las decobrir novas fórmulas de tratamentos para doenças que até hoje não foram descobertas, como por exemplo o tratamento para a Sida (vários anos em investigação), o Cancro (das mais mortais) e entre outras.Se pensarmos moralmente e éticamente a nossa opinião muda, mas olhando para um Ser Humano e pensando nas doenças que poderão ser controladas ou até mesmo curadas, o cientifico prevalece.

Carla Pinto, Sandra Rocha, Liliana Isaac

Unknown disse...

Células estaminais
A ciência tem vindo a desenvolver vários estudos sobre células estaminais embrionárias.
Sendo este um tema onde as opiniões se dividem, pela existência de várias vantagens e desvantagens, além dos custos.
Podemos considerar o congelamento destas células como um investimento que poderá nunca ter retorno.
Existem doenças que já nascem connosco ou seja esse erro genético está presente em todas as nossas células inclusive nas estaminais, nestes casos não nos servirá de nada o seu congelamento.
Também podemos pensar que o seu congelamento não poderá ser superior a 25 anos, só nos seriam úteis durante esse período da nossa vida.
Questões Morais ?!?
Ao utilizar estas células que fazem parte do embrião (este morre após a exclusão das ditas células), estaremos ou não a cometer um “homicídio”?
No entanto para que haja progressão na criação de “curas” para doenças incuráveis, é conveniente a existência de estudos e para isso é necessário ceder o “material” necessário.
Actualmente existem curas para várias doenças que há alguns anos atrás eram consideradas incuráveis. Porquê? Porque a ciência evolui.
Para que daqui a alguns anos possamos dizer “ Hoje temos curas para doenças que no ano de 2008 não tínhamos” temos de dar continuidade à evolução da ciência.
Diana Gomes
Susana Gomes

Unknown disse...

Células estaminais são conhecidas como células-mãe, ou germinativas, são células mestras que têm a capacidade de se transformar em outros tipos de células (as do cérebro, coração, ossos, músculos e a pele).
Até hoje está provado cientificamente que há células estaminais no cordão umbilical, placenta, medula óssea e nos embriões. Estas estão presentes nos embriões humanos recém nascidos.
Ao longo destes últimos anos os estudos sobre as células estaminais têm vindo a aumentar. Porém ainda não se conseguiu provar o êxito do uso destas células. Contudo há estudos destas células mas em adultos que apontam fortes indícios sobre a possibilidade de serem usadas para tratar determinadas doenças. Tais como: diabetes (pâncreas), Parkinson, Alzheimer, enfarte do miocárdio (coração), esclerose múltipla, ossos, medula óssea, queimaduras graves com enxertos de pele, acidentes da coluna vertebral) e tratamentos para doentes com cancro. Assim transformam-se as características das células-mãe para substituir tecidos e órgãos afectados por doenças ou por lesão a fim de restabelecer uma função normal.
As células estaminais embrionárias, totipotencias que se podem transformar em vários tipos de tecidos (pode ter uma origem excedentária após fertilização in vitro, ou que pode ser feito em laboratório através de uma técnica tipo técnica de “clonagem”). As células estaminais somáticas encontram-se em determinados locais, estas têm um potencial ilimitado de se dividirem, mas só se conseguem transformar num tecido igual ou semelhante (como células nervosas do nariz que podem ser usadas para transplante da medula espinhal).
Para mim este avanço na ciência é muito importante porque sou diabética. Acredito que este avanço venha pelo menos minimizar as dores de certas doenças, quer psicológicas como físicas.

Andreia Martins

Unknown disse...

As células estaminais são células que, depois de retiradas dos embriões e congeladas, podem conservar-se aproximadamente durante 20 anos. Contudo, de momento não está confirmado que nos poderão ser úteis de futuro para eventuais doenças que possam surgir, tais como Alzheimer e Parkinson (lesões provocadas por células no cérebro). Também está a ser feita a congelação das mesmas para renovar tecidos que revolucionarão a forma de tratamento de muitas outras doenças como, a diabetes, doenças cardíacas e paralisias. Como também poderá ser útil caso ao bebé e familiares caso adoeçam. São células que se auto renovam e no caso da leucemia elas substituem as células cancerígenas e melhoram a qualidade de vida ao doente.Em certos países, esta prática não é vista com bons olhos, são consideradas ilegais (Alemanha) em outros já podem ser realizadas com 14 dias de fertilização.Por questões de ética, estão a tentar fazer experiências na medula óssea de adultos, mas ainda não conseguem achar a cura para determinadas doenças, têm limitações, não são tão eficazes como as células embrionárias Mesmo assim, os cientistas continuam a fazer pesquisas e experiências nestas células, para encontrarem uma possível cura.Teresa Glória