12 de março de 2009

EFA NS TA (2007...2009) ... FIM!

12 de Março de 2009 ...
... mais dia ... igual a tantos outros ... ou não!
Hoje, os sentimentos que me invadem são numerosos e contraditórios! A única palavra que me ocorre é ... alívio! Porquê? Por ter virado mais uma página, por ter conduzido o barco a bom porto. Por ter "aligeirado" a carga sobre os meus ombros, por ter, também eu, dado início a uma nova fase de vida ... pessoal e profissional.
A todos que, durante o longo percurso de ano e meio, fizeram parte da minha vida, o meu OBRIGADO! A todos, e de forma individual, os saúdo, parabenizo, e faço votos de muito sucesso.
A todos, de forma individual, que me ensinaram algo de novo. O quê? Ensinaram-me que ...
"o somatório de todas as partes é sem dúvida maior ... muito maior, que o todo no conjunto"
Até sempre ... digo eu!

7 de fevereiro de 2009

68-69 Queensgate London SW7 5JT

London, 5 de Fevereiro de 2009.
Qual iniciativa, qual sonho, qual ideia, qual Objectiv@, qual... qualquer que tenha sido o propósito... chegamos!
Na realidade, enquanto alguns tentam minimizar e usar o “complicómetro”, há alguém que ousa o impossível e, como por artes mágicas, tal desejo torna-se tangível.
No âmbito do Curso EFA NS TA (2007-2009) realizado no Forpescas/FOR-MAR, o grupo decidiu desejar o impossível, o improvável, a novidade...
A mim, enquanto (ir)responsável por este grupo, só me restou uma opção -dizer sim (ainda não aprendi a dizer NÃO! E desta vez ainda bem!). Mas mais do que dizer que sim, tal tarefa tornou-se, para mim, mais um objectivo a atingir no Curso com o grupo. Como se para mim viajar não fosse em si mesmo um objectivo (de vida!)
Bom ... a ideia surgiu e com o tempo foi ganhando corpo e firmeza. Projecto abraçado, não por todos (cujo facto lamento) mas, com a dedicação de muitos revelou-se sério, capaz e com sentido!

5 Fev’09…

Cá estamos em Londres, um grupo de 13 pessoas com boa disposição, alegria e uma boa dose de loucura (enfrentar as agruras do tempo com temperaturas negativas, naquele que se revela ser o Inverno mais rigoroso das últimas décadas).
Durante o voo ocorreu-me uma daquelas idiotices do costume e disse: “Este é um grupo 100%. Segundo as leis mais básicas da Matemática estamos 55% dos formadores e 45% dos formandos, ou seja … 100%”. É obvio que nas conversas de todos são lembrados todos aqueles que, por uma ou outra razão não estiveram connosco. De forma diferente, também contribuíram para este projecto … também são parte do grupo.
Voltando à viagem … o denominador comum é o frio! Temperaturas que rondam os zero graus e com uma sensação de frio na ordem dos dez graus negativos, lá iniciámos o plano/roteiro traçado.
Assim, depois da instalação no Hotel seleccionado - “Eden Plaza Hotel” em Kensington, a manhã seguinte deu início à nossa jornada.

6 Fev ‘09
Começamos por experimentar as sensações do Metro de Londres “… Mind a Gap”, que nos conduziu até ao primeiro ponto de paragem – Buckingham Palace. Depois de umas snapshots aos aposentos reais, ricamente decorados pela neve nos jardins, lá percorremos esse espaço sempre com o ranger de dentes, não por temor à majestade, mas pelo frio que nos acompanhava.


O nosso périplo lá continuou pelo St. James’s Park cujas águas lacustres eram espessas, geladas e onde os patos não nadavam, mas andavam em passos desconfiados…


Passagem breve pelos Horseguards, onde podemos assistir ao render, seguindo de imediato por Downning Street, cujas obras perduram no tempo (já existiam em Agosto de 2008 quando visitei pela última vez) e cujo zelo pela segurança parece ser cada vez mais apertado, factos que impossibilitam o desfrute dessa emblemática residência do número 10. Seguimos sem perder tempo para a Abadia de Westminster, Parliament e Big Ben. Nesse momento – 12 horas em ponto, sentimos o pulsar do mais famoso e pontual relógio do mundo. O frio ainda nos acompanhava … e a chuva … e a neve!


Com coragem e com o conforto da refeição, lá desafiamos a gravidade e ousamos ver Londres do céu. O Londons Eye, novo ex-libris da capital do Reino Unido, foi o passo seguinte. Poucos foram os corajosos a desafiar as alturas mas, certamente que a experiência valeu a pena … não foi Susana? (tremeu um pouco mas nada de grave). As vistas da névoa e da neve (pouca) que insistia em cair fizeram alargar horizontes e permitiram ter uma panorâmica de grande parte do espaço urbano londrino.


Outra landmark da cidade foi o destino seguinte – London Bridge. Admirável, pela originalidade e imponência, unifica duas partes bem distintas. A nossa visita fez-se de saltos na história e deixando este emblemático ícone, retrocedemos na linha do tempo até à Tower of London. Aí o misticismo assume ainda mais enfoque e toda uma imagética nos ocorre.


Dando um novo salto temporal, bem mais para o presente futurista nos deparamos com a zona de Piccadilly Circus. Toda a simbologia da imagem comanda e dá riqueza àquela área “neonnizada”, fruto da cultura liberal do capitalismo. Local ideal para as compras (a preço reduzido, pois também por aqui as agruras da economia se fazem sentir … quem diria!), lá percorremos algumas artérias até desembocar na Tragfalgar Square, junto à National Gallery. Agora sim … a neve aparecia mais amiúde e o frio era cortante…
A noite caía e o regresso para uma refeição reconfortante era o desejo, não antes sem experimentarmos o undergroud como ainda não o tínhamos sentido – hora de ponta!! “(Re)Mind a Gap”.

Depois da degustação e dos efeitos do calor da refeição, as forças saíram reforçadas e a noite de descanso (!!!!????!!!!) foi possível.

7 Fev ‘09
No dia seguinte, prontos para mais uma jornada lá recomeçamos …
O frio continuava …
Pela manhã bem cedinho e seguindo o plano “Dettol”, dirigimo-nos a Nothing Hill, mais concretamente até “Portobello Market”. Este local, único, místico, curioso, frenético … tinha um ritmo agitado. Depois de alertados, pela polícia, para a existência de “Pickpockets” (“remexedores de bolsos”), lá fomos acotovelando este e aquele em busca de observar as “esquisitices” passíveis de serem adquiridas. Tudo o que é possível de imaginar … está lá!!! Outra característica deste lugar é a excentricidade, uma paranóia colectiva, um cocktail de loucuras, que transborda e se vê nas características das casas, das pessoas, do ambiente.
Quando olhamos para o relógio, era já hora de saciar o bichinho da alimentação. Mais uma vez e com recurso fácil à “fast-food” lá “enchemos o papo”.
O plano continuava, agora numa fase de ajustes e reajustes até à definição do ponto seguinte - British Museum. Este local foi uma surpresa assinalável. Parte um - era grátis; parte dois era a aula de história Mundial que nos custou a apreender nos tempos de estudante. Quanto a ponto um, podemos dizer que é uma lição; quanto ao ponto dois, podemos dizer que é uma aula com recurso a diferentes recursos (passe a repetição), pleonasmado sim de exemplos, marcas, sinais, momentos, vestígios, tudo alinhado numa continuidade temporal. Neste percurso mais ou menos (des)alinhado lá percorremos diversas civilizações, diversas geografias temporais. Uma tarde não é suficiente, mas as pernas já se queixavam … pedindo que entrássemos na “civilização do Spa”.


Mas … apesar das queixas físicas o percurso diário não acabou e a cereja em cima do bolo foi o Hyde Park. Podendo agora desfrutar de toda a frieza climática, mais intensa do que a do famoso “Jack – o estripador” e relaxando ao sabor dessa brisa tínhamos um objectivo – encontrar uma “cache” na imensidão do parque (o Geocaching do Engenheiro sempre presente!). A noite caía e os resultados tardavam em aparecer, mas perante a desilusão, havia alguém que se divertia – era ver o Domingos e o Rui numa luta de bolas de neve … o que os putos se divertiam! Depois de tanta insistência lá … desistimos. Desta vez (e pareceu-me ser a única) uma cache ficou por encontrar. O Miguel fez beicinho, mas lá o animámos com o calor do grupo, no caminho para os nossos aposentos.


Seguiu-se uma hora de relaxamento nos quartos para se seguir a hora da refeição mais desejada. Após o jantar, os resistentes (todos excepto os mete-nojo António e Joana) lá foram conviver com os beefs até um bar da zona. O que lá se passou, apenas no dia seguinte o soube … e adormeci!
Mas tive que acordar pois fui invadido por grande parte do grupo para uma espécie de “Tertúlia sobre assuntos mundanos”. Nem sei quantos eram a entrar pelo quarto dentro… mas entre os entraram e saíram, lá ficaram quatro. A conversa durou … durou e os assuntos (importantes) vão ficar em segredo (cada um que faça o melhor uso deles…!). Foi uma troca de experiências interessante, uma excelente sessão de cidadania. Passadas algumas horas … o pessoal ia aterrando … até à manhã seguinte!

8 de Fev. – Dia do Regresso
Numa espécie de sondagem à boca das urnas, cerca de 95% do grupo era da opinião que a viagem deveria continuar mais um ou dois dias. Bom sinal!
Esta manhã, ainda livre, serviu para cada um explorar as vistas/visitas que iam de encontro à sua vontade individual. Assim, enquanto uns preferiram um passeio a pelas ruas da cidade, outros continuaram a exploração cultural (Mme Tussaud’s, Museu de História Natural, Imperial War Museum, …).
O Big Ben … cruel … assinalava as 14 horas – hora de reunir as tropas e preparar o regresso. A vontade de voltar era muito reduzida, mas nada havia a fazer … só nos restava regressar à vida real!
Lá apanhamos o transfer em direcção ao aeroporto, gozando nesse trajecto das últimas vistas (Piccadilly, Chinatown, …).


A viagem de avião e … aterramos no nosso ponto de origem e … pronto … despedimo-nos…
Esta viagem vai ficar gravada na memória de todos, mas nem que fosse apenas na memória de um, já tinha valido a pena. Ficará marcada em cada um de forma diferente, pois também todos nós somos diferentes… mas apesar das nossas diferenças … ousamos em comum sonhar e conseguimos realizar um projecto comum.
Realizar.
Digo eu …
Até sempre …

22 de janeiro de 2009

Everybody's Free to Wear Sunscreen



Não sei se conhecem a música, mas eu gosto particularmente da letra, que é alegadamente um discurso aos finalistas de um qualquer curso americano. As legendas do vídeo não estão grande coisa, prefiro a minha própria tradução que está aqui mesmo a seguir...

***

Senhoras e Senhores do curso de 97... usem protector solar.

Se pudesse dar-vos apenas um conselho para o futuro, seria: protector solar. Os benefícios a longo prazo da utilização de protector solar já foram provados pelos cientistas; enquanto que o resto do meu conselho não tem outra base de sustentação que não seja a minha errática experiência.

Agora vou dar-vos um conselho.

Desfrutem do poder e da beleza da vossa juventude. Oh, esqueçam. Nunca compreenderão o poder e a beleza da vossa juventude até darem conta que se desvaneceu... Mas podem confiar em mim, daqui a 20 anos olharão para as vossa próprias fotografias e recordarão, de uma maneira que agora não conseguem captar, quantas possibilidades tinham então à vossa frente e quão fabulosos realmente pareciam.

Ninguém é tão gordo como imagina.

Não se preocupem com o futuro; ou antes, preocupem-se, mas saibam que essa preocupação será tão eficaz como tentar resolver uma equação algébrica mastigando pastilha elástica. É provável que os verdadeiros problemas da vida venham a ser coisas que nunca vos passaram pela cabeça: do tipo de vos apanhar desprevenido às 4 da tarde numa terça-feira de folga.

Façam diariamente uma coisa que vos assuste.
Cantem.

Não sejam descuidados com os corações dos outros, não tolerem pessoas que o sejam com o vosso.

Usem fio dental.

Não gastem tempo com o ciúme; algumas vezes estamos na frente, outras vezes fomos deixados para trás. A corrida é longa, e, no final, é apenas convosco próprios.

Lembrem-se dos elogios recebidos, esqueçam os insultos; se conseguirem fazer isto, digam-me como.

Guardem as velhas cartas de amor, atirem fora os velhos extractos bancários.
Estiquem-se.

Não se sintam culpados se não souberem o que fazer da vossa vida. As pessoas mais interessantes que conheço não sabiam o que fazer das suas vidas aos 22, alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não o sabem.

Ingiram cálcio em abundância.

Sejam gentis com os vossos joelhos, irão ter saudades deles quando se forem. Talvez se venham a casar, ou talvez não, talvez venham a ter filhos, ou talvez não, talvez se divorciem aos 40, ou talvez dancem a "funky chicken" no 75º aniversário de casamento. Seja o que for que fizerem, não se congratulem demais, nem se censurem demais também. As vossas escolhas são metade sorte, como as de toda a gente. Gozem o vosso corpo, usem-no de todas as maneiras que puderem. Não tenham medo disso, nem do que as outras pessoas pensam disso, é o melhor instrumento que alguma vez terão.
Dancem.

Mesmo que não tenham outro sítio para o fazer que a vossa própria sala de estar.

Leiam os sinais, mesmo que os não sigam.

NÃO leiam revistas de beleza, apenas vos vão fazer sentir feios.

Conheçam os vossos pais, nunca sabemos quando partirão de vez.

Sejam gentis com os vossos irmãos; são a melhor ligação para o vosso passado e aqueles que provavelmente vão ficar convosco no futuro. Percebam que os amigos chegam e partem, excepto os poucos e preciosos que devemos manter. Trabalhem duramente para reduzir as distâncias geográficas e de estilo de vida porque, quanto mais velhos ficarem, mais precisarão das pessoas que conheceram quando eram novos.

Vivam em Nova Iorque pelo menos uma vez na vida, mas deixem-na antes que vos endureça; vivam na Califórnia do Norte pelo menos uma vez na vida, mas deixem-na antes que vos amoleça.
Viajem.

Aceitem certas verdades inalienáveis: os preços irão subir, os políticos terão casos extra conjugais, vocês também envelhecerão e, quando isso acontecer, terão a fantasia de que quando eram novos os preços eram razoáveis, os políticos eram nobres e a crianças respeitavam os mais velhos.

Respeitem os vossos mais velhos.

Não esperem que mais alguém vos sustente. Talvez tenham um fundo de poupança, talvez tenham uma esposa rica; mas nunca poderão saber quando cada um se vai esgotar.

Não mexam muito no vosso cabelo, ou quando tiverem 40 parecerá que têm 85.

Tenham cuidado com quem vos aconselha, mas sejam pacientes com aqueles que o fazem. Os conselhos são uma forma de nostalgia, e dar conselhos é uma forma de pescar o passado daquilo que foi eliminado, limpando-o, pintando as partes feias e reciclando-o em mais daquilo que vale.

Mas confiem em mim quanto ao protector solar.

***

O texto foi retirado de uma coluna de May Schmich, que a escreveu para o Chicago Tribune, tendo chamado a atenção de Baz Luhrman através da internet. Baz Luhrman, o realizador de "Romeo e Julieta" and "Strictly Ballroom", fez os arranjos do texto e da música em conjunto com o actor Lee Perry (vocais).

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